sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

PSDB criará núcleos partidários em todo o DF

O deputado secretario Izalci Lucas prepara cruzada para trabalhar a criação de núcleos comunitários do PSDB em todas as zonais do partido tucano nas cidades do Distrito Federal. Essa, na avaliação dele, é a estratégia fundamental para intensificar a relação do partido com a comunidade.

Trata-se de radicalizar a democratização partidária, de criar relação orgânica da agremiação tucana com a população do Distrito Federal. O partido, ressalta, deve ser criado dentro da comunidade. Esta tem que participar, no interior do partido, colocando seu ponto de vista, suas reivindicações, seus sentimentos, suas propostas de mudança da sociedade.

A educação, a saúde, os transportes, os investimentos em infra-estrutura urbana, tudo, na opinião de Izalci Lucas deve ser objeto de debate pela comunidade no interior dos núcleos partidários. Cada quadra precisa organizar comitês de quadra, eleger seu representante e debater seus problemas. A união dos comitês formará uma assembléia comunitária. Ela, mesma, escolherá o administrador comunitário e exigirá regulamentação, pela Câmara Legislativa, do artigo da Lei Orgânica que prevê eleição direta nas cidades do Distrito Federal. A democratização no poder é indiscutivelmente necessária, quando se transforma em consenso nos núcleos do partido. Seus líderes serão os autênticos representantes dos anseios populares.

O PSDB, segundo Izalci, extrairá desse sumo popular autêntico suas principais propostas para contribuir com o desenvolvimento do Distrito Federal. Nos núcleos a vida da comunidade pulsará intensamente. Dessa maneira, a sociedade voltará a acreditar nos partidos, porque verá neles não algo que esteja fora da sua realidade, mas que seja, fundamentalmente, expressão da sua própria realidade. Não há divisão entre o sujeito, o eleitor e eleitora, e o objeto, o desenvolvimento da comunidade. Este é uma construção social, assim como o partido deve significar instrumento de ação da comunidade em favor dos interesses das diversas categorias sociais cujos interesses não são homogêneos, mas, essencialmente, heterogêneos, antagônicos.

Nesse sentido, na opinião do secretário, será possível resgatar a autentiticidade partidária, conferindo-lhe valor real. O início da discussão sobre a reforma partidária tem que ser sobre o papel dos partidos na vida da comunidade. Não se trata mais de discutir na cúpula para que a base absorva o pensamento vindo de cima para baixo. Isso é passado. A sociedade civil organizada, consciente dos seus deveres e obrigações, exige avanço qualitativo dos partidos para que a representação nas câmaras legislativas, nas assembléias estaduais e distrital e no Congresso Nacional, seja autêntica.

O líder comunitário, inserido no núcleo dos partidos, discutindo e absorvendo a lição social, diariamente, será, diz, essencialmente, fruto da realidade do seu distrito. Por isso, o voto tem que ser distrital, para ser consequente com sua condição de ser fruto da nuclearização partidária intrínseca à vida comunitária. A fidelidade partidária não surgirá como obrigação intrínseca do candidato ao partido em si mas à comunidade na qual está inserido no contexto do núcleo partidário. No núcleo do partido se discutirá a realidade social, ao contrário do que acontece nos diretórios onde se discute apenas o controle do poder. Os núcleos serão a fonte do verdadeiro poder.

Esse caminho político impõe novo paradigma: exige a moralidade público como oxigênio necessário à vida dos partidos políticos. Sem ela, perecerão. Sobretudo, a recuperação moral da vida político-partidária, conclui Izalci, surgirá nos núcleos dos partidos. Neles nascerá a liderança autêntica do PSDB. Os anseios populares representarão a sua bandeira e nela se identificará, integralmente, com o sentimento de mudança que anima a sociedade em busca da justiça econômica e social.

Por: Cesar Fonseca

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